Autoral
São Paulo
Non Places
São Paulo pode ser uma cidade cinza e impessoal. Muitas vezes, as pessoas vão de casa para o trabalho e do trabalho para casa, fazendo pouco uso dos espaços públicos. Por vezes, os paulistanos ganham o apelido irônico de agorafóbicos – pessoas com fobia de lugares abertos.
Muitas ruas, em meio a áreas densamente populadas, são pouco aproveitadas, criando “ruínas modernas”. À medida que abraçamos uma maneira cada vez mais virtual de nos relacionarmos, criamos espaços aonde o homem esta ausente fisicamente e presente por seus rastros. Uma presença marcada pela ausência.
Ainda assim, os paulistanos mantem um relacionamento afetivo com a poesia concreta de suas ruas.
Fui à rua na tentativa de reclamar a posse dessa cidade que me escapa, de me sentir parte de um todo humanamente desconexo, porém fisicamente conectado.
Sao Paulo, the biggest city in South America, can be a very gray and impersonal place. People often commute from their homes to their work and back home. Locals are often ironically referred to as agoraphobic – afraid of open spaces. Some streets, underused places, many times, create modern day ruins.
This abandonment creates degraded places, in the midst of very populated areas, representative of how we, as a society, relate to one another. As we abandon the public spaces, and embrace a more virtual way to relate, we create these places where man is physically absent, but still very much present. A society whose presence is felt by absence.
Still, “paulistanos” have this affectionate connection to the concrete of our city, even though we seem to be developing weaker connections to one another.
This is an attempt to take ownership of these places, to develop a sense of place and time, in a city that is humanly disconnected, yet physically bound.